quinta-feira, 23 de junho de 2011

Em defesa dos produtos portugueses: - Bons exemplos do grupo CONTINENTE

Já todos sabíamos que o grupo SONAE do Sr. Eng. Belmiro de Azevedo é um acérrimo defensor dos produtos portugueses.

Há poucos dias, com muita pompa e circunstância, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa os hipermercados do grupo “CONTINENTE” fizeram uma apresentação de produtos, pretensamente, para promover a agricultura portuguesa.

Não foi divulgado qual, ou quais as entidades, a quem coube suportar a maioria dos custos inerentes a esta grande operação de Marketing mas, conhecendo as condições que o grupo costuma impor a quem com ele negoceia, não será difícil obter resposta para  esta questão.

Chegou-nos a gora mais um exemplo das boas praticas deste grupo na defesa dos produtos regionais, neste caso “Figos” e “Amêndoas”, erradamente apresentados como  recordação do Algarve.

À partida a ideia pareceu-me feliz e, até merecedora de aplausos dos algarvios, não fora um pequeno, quase insignificante pormenor que até poderia passar despercebido a quem não costuma prestar atenção ao rótulo, em letra pequenina, que estava colado no fundo da cesta onde se acondicionavam os figos com amêndoas de “recuerdo del Algarve” ou melhor, «ALGARVE Souvenir»: - Figo seco (Turquia); Miolo de amêndoa sem pele (EUA).


3 comentários:

  1. Agradecemos que nos possa facultar um e-mail para enviarmos um comunicado emitido pela nossa empresa, para que possa publicá-lo.
    Melhores Cumprimentos,
    EUROCHOCOLATE

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  2. Quando recevi esta informação de amigos contactei a Eurochocolate que me enviou um comunicado a dizer que não há frutos secos suficientes pelo que importam???!!!
    Clotilde

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  3. Admito que não haja amêndoas e figos algarvios no mercado.

    O que não se admite é que queiram vender como do Algarve um produto elaborado com amêndoas dos EUA e figos da Turquia.

    Será que procuraram saber porque não existem estes produtos no Algarve? Penso que não.
    Ora a razão é simples: -. O preço pago ao agricultor não cobre os custos de produção. Nestas condições não tem havido renovação dos pomares e os que ainda existem acabam por não ser colhidos, ficando nas árvores a maioria da fruta.

    Nestas condições o correcto seria contactar as associações existentes e propor a elaboração de protocolos / contratos que garantissem o escoamento de um certo volume de amêndoas e figos destinados à confecção destas cestas ou de outros doces regionais.
    Estou certo que assim seria possível encontrar agricultores dispostos a produzir, figos e amêndoas, para a confecção de produtos rotulados com um selo de “Produto do Algarve”.
    Até lá, se no rótulo constar “TURQUIA / EUA SOUVENIR” podem como é evidente continuar a vender as cestas com figos e amêndoas que ninguém tem nada com isso.

    Nas condições actuais, não existindo produto regional, é que não é éticamente possível elaborar produtos como rótulo de “ALGARVE SOUVENIR”.

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